quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Como o Obama quer sair da Crise

Na ultima terça feira o presidente Barack Obama fez o seu primeiro discurso sobe o Estado da Nação.

Esse discurso é uma tradição no modelo político norte americano, onde o chefe do executivo deve de tempos em tempos, relatar ao legislativo como esta a situação da nação com um todo. Neste momento o presidente indica quais são suas prioridades e presta contas do que foi feito.

Aqui vai um destaque sobre a forma que deve orientar qual o processo para a superação da crise:

"O peso dessa crise não vai determinar o destino desta nação. As respostas aos
nossos problemas não estão além do nosso alcance. Elas existem em nossos
laboratórios e nossas universidades, nos nossos campos e nossas fábricas, na
imaginação dos nossos empresários, no orgulho do povo mais trabalhador da
terra."

Pessoalmente eu concordo com o presidente Obama. O que ele descreve neste paragrafo é o processo de inovação e inovação é o caminho que conduz para a saída da crise através da criação de oportunidades.

Como podemos aplicar isso no Brasil?
Clique aqui para ler a integra do discurso em inglês no site da CNN

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Agora que o Carnaval passou...

O Renato Fonseca de “O Conselheiro Criativo” nos chama atenção para a “indústria do carnaval” traduzida nos desfiles das escolas de samba. Em um período de pouco mais de uma hora mais de 3000 pessoas fantasiadas e pelo menos 5 alegorias tem que atravessar uma passarela com 530 metros, organizados em alas, dançando e cantando, submetendo-se a um julgamento p’ra lá de subjetivo. Como isso pode funcionar?
Acho que o primeiro ponto é objetivo comum! Todos ali, desde o mais antigo membro da escola até o turista que comprou a fantasia um dia antes do desfile, tem o mesmo objetivo, ganhar o carnaval. Afinal ninguém gosta de perder e por isso há uma grande dedicação de todos.
O segundo ponto é a confiança. Como todos tem o mesmo objetivo, uns confiam nos outros. Não existem motivos para agendas ocultas, e por isso mesmo existe a colaboração.
Um passista mais antigo ensina os truques aos passistas que estão chegando, porque ele sabe que mesmo sendo o melhor sambista da avenida se o colega do lado tropeçar e cair , todo o resultado pode ser comprometido, a escola perde e ninguém ganha nada.
Um terceiro ponto também fundamental é o prazer: as pessoas não são obrigadas a desfilar em uma escola de samba, mas quando o fazem, fazem com paixão, dedicando a isso não somente o seu tempo mas também colaborando de inúmeras outras formas; com sugestões; habilidades especiais e até mesmo financeiramente. A maioria dos participantes paga para desfilar.
É lógico que empresas e escolas de samba são coisas diferentes, mas se pudéssemos levar para empresas um “clima escola de samba” que contemple sentimentos de objetivo comum, confiança e prazer, onde as pessoas que trabalham ali deixem de ser funcionários, empregados , colaboradores, etc e passem a ser “integrantes” de um projeto comum, poderíamos ampliar o fluxo de aprendizagem na empresa melhorando os seus resultados.
Mas é importante saber que isso não mágica. Não é de uma hora para outra que as pessoas passam a confiar nas outras, este é um processo que precisa ser semeado entre os “integrantes” de uma empresa, principalmente através de ações comportamentais
No momento que ele começar a florescer, precisa ser reconhecido, reforçado e até mesmo premiado para que cada vez mais funcionários, empregados , colaboradores, etc se transformem em “integrantes” orientados para um mesmo resultado, colaborando com os seus colegas para que ninguém tropece, e confiando que essa é a melhor atitude.
E essa é uma postura que deve acontecer sempre, até mesmo nos momentos mais adversos, pois somente com esse espírito é que se supera as grandes crises. Para ilustrar esse sentimento deixo aqui uma musica escrita em um momento de crise vivida na Escola de Samba Unidos de Vila Isabel:


Renascer das Cinzas
Martinho da Vila

Composição: Zé Catimba

Vamos renascer das cinzas
Plantar de novo o arvoredo
Bom calor nas mãos unidas
Na cabeça de um grande enredo
Ala de compositores
Mandando o samba no terreiro
Cabrocha sambando
Cuíca roncando
Viola e pandeiro
No meio da quadra
Pela madrugada
Um senhor partideiro

Sambar na avenida
De azul e branco
É o nosso papel
Mostrando pro povo
Que o berço do samba
É em Vila Isabel

Tão bonita a nossa escola!
E é tão bom cantarolar
La, la, iá, iá, iá, iá, ra iá
La, ra, iá

sábado, 14 de fevereiro de 2009

A inovação e a gestão de conhecimento

Para facilitar o nosso entendimento vamos combinar que inovação é :
A concepção de novo produto ou processo produtivo, bem como a agregação de novas funcionalidades ou características ao produto ou processo que implique melhorias incrementais e efetivo ganho de qualidade ou produtividade, resultando em maior competitividade no mercado”

Essa definição é usada pelo Sistema SEBRAE no documento Diretrizes para Atuação do Sistema SEBRAE em Acesso á Inovação e a Tecnologia , mas acho que podemos pega-la emprestada. O pessoal do SEBRAE não vai reclamar.
Em ultima analise, podemos dizer que quando um negócio inova, ele encontra uma forma diferente de fazer o que todos os outros fazem. É por essa diferença obtém um retorno melhor, seja porque consegue ter um custo mais baixo ou porque a diferença é percebida pelos clientes, que se dispõe a pagar mais por ela.
Legal! Então podemos dizer que o segredo é parte do processo da inovação, pois enquanto os meus concorrentes não sabem o que o meu negócio faz de diferente, eu tenho uma vantagem competitiva, que Schumpeter chamava de Lucro de Monopólio.
Essa verdade que funciona muito bem da porta para fora, quando aplicada da porta para dentro pode trazer resultados desastrosos. Quando dentro de um negócio ou empresa, não existe um ambiente de colaboração e compartilhamento de conhecimentos é muito mais difícil o desenvolvimento de inovações. E essa é uma condição mais comum do que possa parecer.
É comum que um colaborador que detém algum conhecimento diferenciado, o chamado “pulo do gato”, relute em compartilhá-lo com os seus colegas. Por que será que isso acontece?
Eu não sou um especialista, mas acredito que esse comportamento tem muito a ver com a chamada “Hierarquia das Necessidades de Maslow”, também conhecida como “Pirâmide de Maslow”. Segundo essa teoria, proposta pelo psicólogo americano Abraham Maslow, em meados do século passado as necessidades humanas podem ser classificadas em cinco categorias sobrepostas, conforme o demonstrado na figura:


O que um conhecimento diferenciado traz para o colaborador?
Em minha opinião a fisiologia não é afetada por esse comportamento.
A sensação de segurança pode ser aumentada, pois enquanto ninguém sabe o que eu sei a empresa depende de mim.
Não tenho certeza de como o andar superior da escala, que trata de amor e relacionamento pode ser afetado. Já sensação de poder, remete diretamente ao quarto degrau da pirâmide.
Se as empresas quiserem estabelecer um ambiente de compartilhamento de conhecimento entre os seus colaboradores, precisam criar instrumentos que superem essas necessidades.
O colaborador tem que saber e confiar que a manutenção de seu emprego não vem de uma chantagem, mas sim da sua contribuição com o crescimento coletivo de todos os demais colaboradores que leva ao crescimento da empresa. Mesmo porque um conhecimento que hoje é importante pode ser rapidamente ultrapassado e descartado.
O colaborador tem que entender que o seu valor para a empresa, não vem do seu conhecimento “embarcado”, mas sim da sua capacidade de difundir esse conhecimento, de mesclar esse conhecimento com outros, e a partir desta mescla, construir outros conhecimentos.
Mas acima de tudo, a empresa tem que levar o colaborador para o topo da pirâmide de Maslow, em busca da realização pessoal, onde a criatividade e colaboração afloram naturalmente.
Esse processo de elevar o colaborador ao longo da pirâmide, ajudando-o a superar as suas resistências é uma etapa fundamental no que chamamos de Gestão do Conhecimento, que é fundamental para a inovação.
Como já diziam os Professores José Carlos Barbieri e Antonio Carlos Teixeira Da Fundação Getulio Vargas:
“...inovação é um processo interpessoal. Transformar idéias em produtos, serviços e processos requer a organização de diferentes atividades a serem executadas por diferentes pessoas, jamais poderá ser o resultado de um trabalho solitário. Por isso se diz que pessoas inventam e organizações inovam

Se nosso objetivo é inovar, precisamos colaborar e compartilhar conhecimentos.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Inovação é Simples!!!

Há algum tempo atrás, Renato Fonseca do blog "O Conselheiro Criativo" declarou ao jornal Diário do Comercio e Industria:

“A inovação, ao contrário do que alguns imaginam, não está diretamente ligada a grandes idéias ou invenções. Através da observação do dia-dia e ouvindo a opinião do seu cliente, o empresário pode achar as respostas necessárias para que seu negócio possa deslanchar.”



Ou seja, inovação é simples. Vejam esse caso: Em um restaurante próximo à Av. Paulista, o barulho do liquidificador usado para fazer sucos incomodava os clientes. Veja que solução criativa eles encontraram




Uma simples caixa térmica usada de um jeito novo, produziu os resultados esperados. Isso é inovação



E ai no seu local de trabalho não existe nada que você possa usar de outra forma e que produza resultados, para você, para a sociedade, para a sua empresa ou para os seus clientes? Experimente e depois nos conte os resultados.

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

O velho chavão "Oportunidade X Crise"

Muito tem se dito sobre esse velho chavão , mas a entrevista do Prof. Ricardo Moreira, do IBMEC Minas Gerais, ao jornalista Herodoto Barbeiro tem uma abordagem um pouco diferente.
Clique aqui para ouvir a entrevista no site da CBN

domingo, 8 de fevereiro de 2009

E agora José?

Em 1942 o poeta Carlos Drummond de Andrade perguntou:

“E agora, José?
A festa acabou,
a luz apagou,
o povo sumiu,
a noite esfriou,
e agora, José?
e agora, você?”

Hoje muita gente anda se fazendo essa mesma pergunta. Com certeza a festa acabou, o caderno de economia de qualquer jornal pode confirmar isso. São noticias de empresas demitindo , fechando fabricas, cortando investimentos quase todos os dias.
E as pequenas empresas? Como elas ficam neste cenário sombrio? Uma pesquisa do SEBRAE-SP indica que houve uma queda de 10% no faturamento do mês de novembro de 2008 quando comparado com o mesmo mês de 2007.
Isso indica que para as MPEs a marola não é só uma marola, é pelo menos uma grande tempestade.
Mas qual a saída? Muita gente acha que nessas horas o melhor é ficar parado, quieto, e esperar a crise passar.
Pessoalmente eu não concordo. Ninguém pode afirmar com certeza quanto tempo vai levar até a crise passar. E essa espera sem ação vai consumir recursos poderão fazer falta mais a frente.
Neste momento o que precisamos, é entregar ao nosso cliente algo novo, diferente, que nos tire do lugar comum, que nos diferencie da concorrência. Precisamos inovar.
Mas como fazer isso? Como Inovar?
Isso é o que nos vamos tentar descobrir juntos aqui neste blog.